terça-feira, 27 de julho de 2010

ser o que se é... sem tirar nem acrescentar.

As vezes, procura-se seguir o padrão de estética geral.
As vezes, procura-se seguir o padrão de normalidade formal.
As vezes, esconder-se dentro de seu próprio casulo nada mais é do que uma forma de manter-se são em um mundo de acusações. De ser o dono de sua razão onde todos querem ser seu dono.
Os loucos nada são do que guerreiros pela sobriedade que todos sempre disseram que nunca existiu.
Os bobos nada são do que os guardiões de uma inteligência que não merece ser compartilhada.
Ser responsável é diferente de ser repressor, ou reprimido!
Loucos e bobos não são responsáveis por si, porque sempre tiveram quem foi responsável por eles!
Como acreditar em detentores da razão geral, da moral definida, da inteligência superior, da presidência de um mundo ordenado quando, no íntimo, todos querem tirar a roupa e correr na chuva, tocar violino entre os carros, rir desembestadamente, ter amigos verdadeiros, ser um amigo verdadeiro, entender os animais, abraçar as plantas e árvores, respirar fundo e não sentir necessidade de violar direitos constitucionais e alheios por ser livre?
Sem restrições de seu próprio ser não há transgressões. Sem permissões que restrinjam seu ser não haverá transgressores que o façam.
Amar é cuidar, não forçar.
Amar é mostrar os caminhos, não puxar pelo caminho que apenas um considera correto.

Cada dia que passo vejo as pessoas se perderem em um mar de identidades alheias por não encontrar a sua própria. E da infelicidade de ser o outro, perde sua maior qualidade: a soberania de ser você.

Boa semana - Sappho

3 comentários:

  1. Amei, como amei seu texto. Exprimiu - ipsis litteris - o que estava sentindo agora. Coisas que apenas vc faz. Obrigada, por isso.

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  2. e de que adianta?
    como diria Caê: "de perto ninguém é normal"
    adorei tudo.
    beijos

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