terça-feira, 28 de setembro de 2010

What if...

Eu ando me sentindo inspirada... A primavera faz isso. Tudo bem que os dias em São Paulo estão meio nublados, meio cinzas, meio grudentos e calorentos, por vezes até meio indecisos. Assim como cada ser vivo por aí...

Mas eu ando pensando na vida. Ando pensando nas pessoas, e ando sentindo a necessidade de escrever como nunca.

Afrodite diz que isso é falta de sexo. Depois ela diz que estou carente e preciso namorar; depois ela volta a parte do sexo. Depois ela diz que preciso encontrar alguém que possa me fazer esquecer de tudo. Depois ela... bem, a Afrodite é Afrodite. Para ela, os males do mundo se resolve com amor, coração batendo forte, ouvidos moucos a razão.

E eu andei pensando que nem sempre o amor é tudo. Mas a forma como certas pessoas fazem a gente se sentir, sentir que existe um mundo de possibilidades, mesmo que esse mundo seja limitado, é interessante e profícuo.
Nem sempre as pessoas são o que queremos que elas sejam. Mas isso não impede que elas façam a gente se sentir como nos sentimos na presença delas.

É estranho isso... e é um estranho bom. As vezes, não é bom pensar nas razões, mas somente pensar em como nos sentimos em relação a isso e aproveitar o espaço de tempo vivido.

"What if I save you?
What if I save you from this trembling hell?
What if I save you from the stumbling and the troubles?
What if I save you from the doubts of your life?
Say… what if I save you from the monotony?
God, what if I save you from the hunters ?
What if I save you from the hard fall and fly with you?
What if I save you from the cold?
What if I save you from the dark?
What if I save you from the stone of the hearts?
Say there, what if I save you, for one moment?
What if I save you for one tiny moment?
Just remember that to be saved you need to reach out
Just remember that I need to be reached out
Just remember that I need to be saved too
Just remember life would be numb and empty
But the heat makes us warm
And the moments makes us remember
The reason of being alive
What if I save you… for just a breath...?



By Sappho

domingo, 26 de setembro de 2010

"I gotta a feeling... u-uuuuuu"

As vezes... a gente até quer ser profundo, mas nem sempre conseguimos. Aí, a gente sai com os amigos, pede uma cerveja, vários copos, porções, e aí a gente se sente em casa. Se sente protegido. E a profundidade é outra, as risadas são outras.

As vezes, em vez de cerveja é caipirinha... caipirosca... MARGUERITAS!!! Vinhos... coisas assim. E a gente bebe... bebe bebe bebe bebe!! E se diverte.

Ou mesmo se não for para beber, mas para pegar um cinema, para almoçar, para jantar, para tomar café... aos amigos!! Que nos salvam do tédio e da monotonia do dia a dia.

E é nesse ritmo que a semana pode começar, pode terminar...com risadas dos amigos, daqueles que estão com a gente sempre, sejam eles nossos pais, irmãos, ou aqueles que a vida nos deu a oportunidade de escolher. E se tiver lágrimas, que venham também!!! Afinal, qual a graça das risadas se a gente não puder chorar também?

Aproveitem a semana!!!

By Sappho

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Elefantes...

“Somebody points out an elephant in your living room and this is the first time you’ve seen it. So you’re standing there, wondering how an elephant got into your living room when it hits you: he must have been there all along!” – Terry Moore

Adoro quadrinhos. São leves, divertidos, mesmo quando são tristes. Como deusa, trabalho constantemente com a imaginação das pessoas e, portanto, preciso de estímulos visuais para compreender o que os outros pensam e como fantasiam uma situação. Sim, eu amo meu trabalho... afinal, eu SOU o meu trabalho! E é óbvio que eu me amo!

Bem, existe uma história em quadrinhos chamada Strangers in Paradise (Estranhos no Paraíso). Teve 90 edições, com um começo, meio e fins que me satisfizeram em muitos sentidos e me deram matéria-prima para compreender boa parte de muita gente por aí. É possível saber o que é plausível ou não.

Mas a questão não é essa e depois entro no mérito de comentar a história. O que quero mesmo é comentar o trecho extraído do quadrinho. Esse trecho é citado pela personagem Francine Peters. Existe um contexto para ela citar isso. Só que isso me deixou inspirada... afinal, quantas vezes a cegueira mental impede de perceber o que está bem na frente de nosso nariz???

Quantas vezes nos submetemos a um relacionamento (seja de qual natureza for - profissional, amoroso, familiar...) que está péssimo, simplesmente porque parece correto, até alguém apontar o “elefante” e você perceber que tudo está errado! Não precisa ser alguém necessariamente, mas uma situação... uma fala na novela, letra de música. Algo que te faça parar e pensar: “peraí... como eu não percebi isso??”

Devo confessar que nesses milênios vividos eu trabalhei com muitos “elefantes”. Aliás... é meu trabalho fazer esse apontamento e que as pessoas aprendam o que vale a pena na vida e o que não vale. As vezes, sentir o sangue correndo na veia é bom.

Vale a pena manter esse acontecimento, torna-lo mais forte, ou simplesmente expulsa-lo da sua sala e continuar com sua vida. Se é um “elefante”, ou você abre mão de algumas coisas, abre espaço na sua vida para que ele faça parte dela, ou você o expulsa... não é?

As vezes, a esterilidade do dia-a-dia torna a vida monótona e quando você finalmente percebe uma luz no corredor escuro você se apega a ela com mais força do que o faria normalmente. Assim é o “elefante”: todos já viram, menos você. Todos já sabem, menos você. E o mais interessante: todos pensam que você também já sabe; mas você ainda não sabe! É algo que te faz ficar espantado. Depois, feliz. E, em seguida, com o ponto de interrogação: e agora? Como voltar a viver uma vida antiga com esse novo conhecimento, com essa percepção?

Isso não é uma equação com variantes previsíveis. Um elefante na sua sala de estar não é algo que simplesmente você expulsa sem pensar se vale a pena. Afinal... não é sempre que acontece e, definitivamente, pode surgir somente uma vez na sua vida.

"Alguém te mostra um elefante na sua sala de estar e esta é a primeira vez que você o vê. Então, lá está você, se perguntando como um elefante entrou na sua sala de estar quando você percebe: ele deve ter estado lá o tempo todo!"

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

"The hills are alive, with the sound of music..."

Hoje acordei escutando sons dissonantes, que me levaram de volta ao tempo em que nós, deuses, éramos as constantes que definiam as inconstâncias. Devo dizer: saudosismo total.

E lembro dos rituais que todos se envolviam, lembro das danças e das preparações; tradições fortalecedoras, dentro de um contexto criado pela sociedade que nos idolatrava. Tudo isso graças aos sons dissonantes, a melodia vital que o dia exalava. Pois quando o dia nasce, ele canta. E quando ele adormece, seus sons são diferentes, mas tão fortes quanto o do amanhecer.

Sons... notas musicais... música. O doce que transforma humores. A ambrosia que denota posteridade. A felicidade que nos faz ser o que somos, que mostra o que sentimos; que traduz a nossa alma, para todos aqueles que querem nos ver, naquele momento, naquele instante.

No Olimpo damos muito valor a harpas. Na verdade, as músicas com tambores e baterias sempre indicaram teor guerreiro... ou teor sexual. O sangue treme nas veias, o rufar intenso no cérebro só te faz querer dançar, ou destruir.

Música é a inspiração de tantos artistas; inspiração para tantas pessoas que acordaram mal, ficarem bem. Ou ficarem pior.

Existe música para todos os momentos ou todas as necessidades. Música para sexo, para chorar, para rir, cantar, gritar, aliviar, exorcizar, assassinar, conquistar, maltratar, protestar...

Eu amo levantar escutando música. Amo dançar... amo chorar escutando música. Música é o empurrão que falta para nos dar a coragem de realizar algo. Certas canções tocam direto nosso coração. Certas vozes nos fazem chorar, ou alegrar ou , simplesmente, transformam nossa existência em algo melhor.

Música também pode revelar a história de um país, de uma vida. A evolução ou involução de seu povo. As revoluções, as dores e feridas expurgadas em uma estrofe. A catárse contida em disfarces. Ou não. O que não muda é que o fato de o gosto popular ser primordial não significa que tenhamos que nos render a ele em todos os momentos.

A vida é tão cheia de matizes e cores e fundamentos, e notas musicais que não se pode reter-se em um momento somente, em um grupo, cantor ou estilo somente.

Nossa vida não é apenas uma canção, mas uma discografia completa, em que alternamos do triste ao alegre e sempre, sempre, poderemos fazer nosso própria coletânea.

Assim como mudamos, certas músicas assumem outros significados para nós em outros tempos. Dependendo de como vamos levando nossa vida e até aonde somos conduzidos, música tem o dom de nos mostrar o estágio que estamos. Ou o nosso humor mais profundo, ou escancarado.

O importante é entregar-se aos movimentos e as cores que em cada nota transpira. A vantagem é que você pode gostar de tudo um pouco. Ou um pouco de tudo. Não importa!!!

"Lose yourself, in the music, the moment, you own it"

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

"not so bad at all"

"Once there was a light in the dark
And the light was too bright for me to see
Whatever was around me
It made me stumble, blurry sight, but free

I could not see, I could not hear
Pounding heart blowing heavy on my chest
Entwined with the light of the lights
I just hold hands with a stranger, what a blast

Gentle touch, suede voice, warm breath
And splinters rolling on my breast
Feeling the numbness of my thoughts
I just hold hands with a stranger, that is that

And nothing else mattered
Even the night sun can bring blowing winds
and I burn, I roll, I stumble
Air sucked from my lungs, vanishing

Once, there was a light in the dark
That leads to a never ending abyss
I feel the wings stretching on my back
I just wanna fly, I just wanna fall into this

Once I was blind with the light in the dark
And in the deep shining abyss I fall
My chest is opening, the wings are flapping
And this feeling doesn´t seem so bad at all"


Posted by Sappho