“Somebody points out an elephant in your living room and this is the first time you’ve seen it. So you’re standing there, wondering how an elephant got into your living room when it hits you: he must have been there all along!” – Terry Moore
Adoro quadrinhos. São leves, divertidos, mesmo quando são tristes. Como deusa, trabalho constantemente com a imaginação das pessoas e, portanto, preciso de estímulos visuais para compreender o que os outros pensam e como fantasiam uma situação. Sim, eu amo meu trabalho... afinal, eu SOU o meu trabalho! E é óbvio que eu me amo!
Bem, existe uma história em quadrinhos chamada Strangers in Paradise (Estranhos no Paraíso). Teve 90 edições, com um começo, meio e fins que me satisfizeram em muitos sentidos e me deram matéria-prima para compreender boa parte de muita gente por aí. É possível saber o que é plausível ou não.
Mas a questão não é essa e depois entro no mérito de comentar a história. O que quero mesmo é comentar o trecho extraído do quadrinho. Esse trecho é citado pela personagem Francine Peters. Existe um contexto para ela citar isso. Só que isso me deixou inspirada... afinal, quantas vezes a cegueira mental impede de perceber o que está bem na frente de nosso nariz???
Quantas vezes nos submetemos a um relacionamento (seja de qual natureza for - profissional, amoroso, familiar...) que está péssimo, simplesmente porque parece correto, até alguém apontar o “elefante” e você perceber que tudo está errado! Não precisa ser alguém necessariamente, mas uma situação... uma fala na novela, letra de música. Algo que te faça parar e pensar: “peraí... como eu não percebi isso??”
Devo confessar que nesses milênios vividos eu trabalhei com muitos “elefantes”. Aliás... é meu trabalho fazer esse apontamento e que as pessoas aprendam o que vale a pena na vida e o que não vale. As vezes, sentir o sangue correndo na veia é bom.
Vale a pena manter esse acontecimento, torna-lo mais forte, ou simplesmente expulsa-lo da sua sala e continuar com sua vida. Se é um “elefante”, ou você abre mão de algumas coisas, abre espaço na sua vida para que ele faça parte dela, ou você o expulsa... não é?
As vezes, a esterilidade do dia-a-dia torna a vida monótona e quando você finalmente percebe uma luz no corredor escuro você se apega a ela com mais força do que o faria normalmente. Assim é o “elefante”: todos já viram, menos você. Todos já sabem, menos você. E o mais interessante: todos pensam que você também já sabe; mas você ainda não sabe! É algo que te faz ficar espantado. Depois, feliz. E, em seguida, com o ponto de interrogação: e agora? Como voltar a viver uma vida antiga com esse novo conhecimento, com essa percepção?
Isso não é uma equação com variantes previsíveis. Um elefante na sua sala de estar não é algo que simplesmente você expulsa sem pensar se vale a pena. Afinal... não é sempre que acontece e, definitivamente, pode surgir somente uma vez na sua vida.
"Alguém te mostra um elefante na sua sala de estar e esta é a primeira vez que você o vê. Então, lá está você, se perguntando como um elefante entrou na sua sala de estar quando você percebe: ele deve ter estado lá o tempo todo!"
Esqueceu de mencionar que muitas pessoas ficam tão viciadas no elefante que mesmo sendo um elefante, elas querem continuar com ele. (O que, em teoria, não deveria acontecer). Bom-bom este teu post.
ResponderExcluirAmigos sempre me ajudam a enxergar "elefantes". E como são "elefantes", em geral, são coisas grandes e pesadas das quais eu talvez nem tinha pensado em me livrar. E só eu não havia percebido que não valem a pena. Ou que vale a pena fechar ciclos (um elefante incomoda muita gente...) para abrir espaço para coisas novas. E depois me sinto mais feliz, mais leve.
ResponderExcluirImpagável o que as pessoas fazem por mim - para algumas eu nunca vou conseguir retribuir...
Nem sempre um elefante é uma coisa ruim. As vezes é só algo que temos que ver e não vemos ou percebemos, exatamente porque sempre esteve lá. Ou então, é algo ruim mesmo.
ResponderExcluirE para certas coisas temos que abrir espaço na nossa vida, seja para colocar ar novo ou para se livrar de algo, efetivamente, e deixar o espaço vazio.
isso já aconteceu comigo, geralmente no amor. é, isso me aconteceu bastante. meu coração é cego daqueles de óculos escuros e bengalinha...
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