quarta-feira, 8 de setembro de 2010

"The hills are alive, with the sound of music..."

Hoje acordei escutando sons dissonantes, que me levaram de volta ao tempo em que nós, deuses, éramos as constantes que definiam as inconstâncias. Devo dizer: saudosismo total.

E lembro dos rituais que todos se envolviam, lembro das danças e das preparações; tradições fortalecedoras, dentro de um contexto criado pela sociedade que nos idolatrava. Tudo isso graças aos sons dissonantes, a melodia vital que o dia exalava. Pois quando o dia nasce, ele canta. E quando ele adormece, seus sons são diferentes, mas tão fortes quanto o do amanhecer.

Sons... notas musicais... música. O doce que transforma humores. A ambrosia que denota posteridade. A felicidade que nos faz ser o que somos, que mostra o que sentimos; que traduz a nossa alma, para todos aqueles que querem nos ver, naquele momento, naquele instante.

No Olimpo damos muito valor a harpas. Na verdade, as músicas com tambores e baterias sempre indicaram teor guerreiro... ou teor sexual. O sangue treme nas veias, o rufar intenso no cérebro só te faz querer dançar, ou destruir.

Música é a inspiração de tantos artistas; inspiração para tantas pessoas que acordaram mal, ficarem bem. Ou ficarem pior.

Existe música para todos os momentos ou todas as necessidades. Música para sexo, para chorar, para rir, cantar, gritar, aliviar, exorcizar, assassinar, conquistar, maltratar, protestar...

Eu amo levantar escutando música. Amo dançar... amo chorar escutando música. Música é o empurrão que falta para nos dar a coragem de realizar algo. Certas canções tocam direto nosso coração. Certas vozes nos fazem chorar, ou alegrar ou , simplesmente, transformam nossa existência em algo melhor.

Música também pode revelar a história de um país, de uma vida. A evolução ou involução de seu povo. As revoluções, as dores e feridas expurgadas em uma estrofe. A catárse contida em disfarces. Ou não. O que não muda é que o fato de o gosto popular ser primordial não significa que tenhamos que nos render a ele em todos os momentos.

A vida é tão cheia de matizes e cores e fundamentos, e notas musicais que não se pode reter-se em um momento somente, em um grupo, cantor ou estilo somente.

Nossa vida não é apenas uma canção, mas uma discografia completa, em que alternamos do triste ao alegre e sempre, sempre, poderemos fazer nosso própria coletânea.

Assim como mudamos, certas músicas assumem outros significados para nós em outros tempos. Dependendo de como vamos levando nossa vida e até aonde somos conduzidos, música tem o dom de nos mostrar o estágio que estamos. Ou o nosso humor mais profundo, ou escancarado.

O importante é entregar-se aos movimentos e as cores que em cada nota transpira. A vantagem é que você pode gostar de tudo um pouco. Ou um pouco de tudo. Não importa!!!

"Lose yourself, in the music, the moment, you own it"

4 comentários:

  1. algumas músicas me deixam eufórica de tão feliz. procuro escutá-las muitas vezes. musicoterapia, rs

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  2. Nossa... música! é maravilhoso. Como viver sem música? penso que não viveria!

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  3. Desculpe o sumiço, vi agora a msg! Lindas, concordo com vcs!!!

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