segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Ir e vir...

Existem aqueles dias que eu acordo e AMO ser uma Deusa, sabe?

O dia em que eu não preciso trabalhar para viver... ou sobreviver. Dias em que não tenho que pegar trânsito e dias que eu posso ser dona de minha própria vontade.

Eu amo todos os humanos. E sempre pergunto a fulano se quer ser totalmente dono da própria vontade. A resposta é, incondicionalmente, sim, pensando que acordar tarde todos os dias e ter dinheiro para comprar aquele chocolate importado, ou fazer faculdade , ou não ter que trabalhar todos os dias seriam razões suficientes para preencher seus dias.
E não é bem assim.

É interessante essa história de ser dona da própria vontade. Por quê? Porque se você for colocar na ponta do lápis, poucas são! E a maioria não é porque NÃO quer ser!

E outra maioria se engana pensando que é... mas não. Ser dono da própria vontade não é ter somente o final de semana para se fazer o que quer... quando quer. Não é ter vontade de comer algo e ir lá e comer.

A maioria gosta de ter algo controlando, de saber que é, de alguma forma, não responsável por tudo o que faz. Vicios e impulsos que não se assume ser da própria vontade, nada são do que subterfúgios da própria vontade!!

Ser dono da própria vontade exige alguma independência, não apenas financeira, mas emocional. Ser emocionalmente independente não significa ser insensível ou não precisar dos outros. Pelo contrário: significa poder amar a todos, permitir-se ser amado... aceitar, sem medos ou ressalvas a existência dos sentimentos e dos humanos.

Ser dono de sua própria vontade demanda uma boa dose de auto-estima. Estar bem e feliz consigo, saber como se sente, conhecer-se e prosseguir, sem delongas, sem indecisões pontuais que travam o fluir de sua vida.

Estar de bem consigo é querer fazer o que se está fazendo, sem pensar que poderia estar fazendo outra coisa naquele momento. Se você está no seu trabalho, trabalhando em algo que ama... ou aprender a amar o que faz e fazer por este prazer é o suficiente.
Estar com quem você quer, seja com algum amigo, ou algum amor, porque VOCÊ quer, e não por algum conforto emocional ou financeiro, ou influências exteriores.

E pode ser que você me pergunte se eu sou dona da minha própria vontade todos os segundos do dia. E eu digo que não. As vezes, eu sou louca. As vezes, eu estou apaixonada por algo, ou alguém e estabelece-se linhas invisiveis que não me permitem pensar em mim, ou no que somente EU quero... GRAÇAS A ZEUS!!!
Afinal, pensar no que você quer o tempo todo, como você quer o tempo todo e, também, aceitar os humanos como eles são, para ama-los como eles são, seria uma contradição gigantesca e quixotesca.

Mas o importante é não perder-se... muito. Assumir alguns riscos e se você se perder naquela estrada gigantesca com linhas entremeadas... que faça valer a pena. Faça valer a pena MESMO! Só assim você poderá experimentar o que poucos fizeram.




"Out beyond of ideas of right doing and wrong doing there is a field. I´ll meet you there" - Rumi
(Muito além das idéias de fazer o certo ou fazer o errado há um campo. Eu te encontrarei lá)

Um comentário:

  1. "O importante é não se perder... muito" >>> vou tentar!! =) O duro é que quando me dou conta já pareço estar tão perdida e não sei como cheguei lá... haha!!
    Ótimo post, deusa das deusas!
    Beijo da mortal aqui!

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