quarta-feira, 5 de maio de 2010

Espelhos... espelhos...

Eu fico imaginando como seria se pudessemos sair de nossos corpos e ver nossa vida como a um filme. Sabe?
Olhar o nosso corpo levantando ao amanhecer, tomando banho (quando o banho realmente é tomado... tem gente que NÃO toma banho.), escolhando roupa para vestir - ou já pegando a escolhida. E após isso, correndo para pegar seu carro, ou o transporte público para chegar ao emprego. E no emprego, ver-se trabalhando, agindo... sendo o que você é, mas tendo a chance de ver-se.

Ver o que seriamos em situações que exigem que mostremos nosso bom humor. Nosso mau humor. Estar de mal humor e agirmos diferentemente. Ter que engolir em seco quando tudo o que mais se quer é dar um soco na cara de determinado ser vivo.

Assistir como tratamos as pessoas que amamos, que odiamos, que não fazem diferença em nossa existência. Ver a expressão de medo de uma criança quando apanha do pai ou da mãe. Será que ela mereceu? Será que não mereceu?

Analisar como certas situações desenrolaram-se e nossa reação a cada coisa. Cada palavra dita. Cada frase proferida. Cada olhar estirando-se na direção de alguém.

Seria ótimo. Eu tenho o privilégio de ver os seres vivos. De poder entrar em um ambiente e torna-lo melhor ... mais agradável, pois afinal, sou a Deusa do Amor e da Beleza. Tem apenas uma questão: a falta de fé anula meus poderes de ajuda. Tenho os poderes de Deusa: posso ser invisivel, sou linda e ainda tenho o poder de atrair mortais, mas definitivamente não posso alterar a realidade ou o senso de percepção drasticamente.

Voltando: tenho o privilégio de observar os seres vivos, de ver o pior e o melhor deles. De acompanhar sua dor e alegria... sua tristeza e jubilo. É interessante como muitos não tem a menor idéia do que são, de sua capacidade de ferir ou curar. E é frustrante que essa falta de auto-reflexão seja o maior impeditivo para uma vida plena.

Será que é tão dificil sair de si e olhar-se de cima?

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