quinta-feira, 6 de maio de 2010

Sappho diz...

Esta é a primeira vez que escrevo aqui. Hoje minha amiga Afrodite está deitada com sua máscara de aloe e vera e não vai levantar tão cedo depois da festa que participou ontem.

Minha humanidade permite que eu trabalhe e ganhe dinheiro para poder comer, apesar de que poderia viver com os beneficios propiciados pela Afrodite, que já disse que não preciso fazer nada disso. Mas gosto de trabalhar e gosto de escrever e por isso tenho pouco tempo livre.

Bem, falando em pouco tempo livre, eu trabalho freelance. Escrevo minhas poesias sob pseudonimo e componho músicas também sob pseudonimo, em diversas línguas, pois graças a imortalidade , pude aprender além do grego e latim, francês, italiano, inglês, alemão, espanhol e, agora, português. Claro que diferente de Afrodite, eu tive que aprender as línguas. Ela fala todas as língua do mundo naturalmente, pois está em sua divindade compreender.

Hoje o que eu quero falar é mais um desabafo... Apesar de eu trabalhar freelance, tenho que enviar ou entregar meus trabalhos em editoras. No geral, entrego-os ao editor pessoalmente; é um jeito de sair de casa e também conhecer as moças bonitas que costumam trabalhar nas editoras. Quando a editora é fora de SP, fora do país, gosto mais ainda, pois tenho a chance de conhecer outros locais... e pessoas.

Estou de viagem marcada para Bordeaux, na França, ficarei na casa de Julienne, uma amiga muito querida. Beberei vinho e

MAs essa não é a questão. A questão é que nessas idas a editoras, sempre encontro alguém que gosto. Ou alguém que odeio. E quero falar sobre quem odeio atualmente.

Sabe aquelas pessoas que irritam você, profundamente, a ponto de você querer realmente cravar o abridor de cartas na garganta e banhar-se com o sangue que escorrer daquela garganta? Então...esse tipo de irritação.

Sempre tento me convencer de que sou superior, e de que posso ser mais forte do que o ser que me impõe tais sentimentos contraditórios a minha natureza, mas esse vilipendio me enjoa e ofende.

Alguns segundos inspirando e expirando trazem calma e sei que minha tortura não durará mais de 20 minutos, dos quais somente 02 minutos de contato com essa pessoas que diz ser humano.

Fico imaginando como é quando você tem que passar 8,9, 10 horas por dia ao lado de alguém que você odeia. Ao lado de quem despreza você. São seres superiores que conseguem sobreviver a tal encargo e ainda sorrir ao fim de cada dia.

A essas pessoas, devo meu respeito e solicitude. Afinal, em vez de renderem-se a vontade alheia, mantém-se firme aos seus princípios e não rebaixam-se aos outros.

Por Zeus, isso é heróico!

Ao perceber o fardo de sua existência
Ela perceberá o fardo aos outros
Que sua existência provoca
E escolherá ela
A procurar viver como antes
Ou o peso será rebaixado
Remodelado, revitalizado
Os sorrisos serão naturais
E a paixão entre mortais provocará

2 comentários:

  1. Estou gostando, não pare de escrever!

    ResponderExcluir
  2. "... é um jeito de sair de casa e também conhecer as moças bonitas que costumam trabalhar nas editoras" (pior que, em geral, é verdade... moças bonitas e interessantes... :)

    "Sabe aquelas pessoas que irritam você, profundamente, a ponto de você querer realmente cravar o abridor de cartas na garganta e banhar-se com o sangue que escorrer daquela garganta? Então...esse tipo de irritação." *GARGALHANDO* Isso porque você, Sappho, nunca trabalhou como interna em uma editora... ia virar uma serial killer de tradutores, revisores, diagramadores, ilustradores freela que atrasam entregas e/ou ficam inventando mil histórias mirabolantes para justificar os atrasos ou a qualidade bizarra dos trabalhos entregues.

    ResponderExcluir